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Informe Conjuntural – 3º trimestre/2025

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  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Fonte: 16/10/2025/Confederação Nacional da Indústria – CNI / Superintendência de Economia – ECON / Diretoria de Desenvolvimento Industrial – DDI


Mantivemos mais uma vez a nossa projeção de crescimento para o PIB de 2025 em 2,3%, taxa de crescimento que é a menor em cinco anos.


Contudo, a projeção de crescimento do PIB Industrial foi revisada para baixo, de +1,7% para +1,6%. Isso resulta principalmente de uma revisão do desempenho esperado para o PIB da Indústria de transformação em 2025, de +1,5% para +0,7%. O ritmo da atividade industrial tem sido afetado em 2025, principalmente: pelo patamar elevado dos juros; pela forte entrada de importados, sobretudo de bens de consumo, que capturam parte relevante da demanda por bens industriais; e pela nova política comercial americana e seus desdobramentos, entre eles o recuo das exportações da indústria de transformação para os Estados Unidos e o menor crescimento econômico global.


Além disso, a alta esperada para o PIB da Construção em 2025 foi revisada de +2,2% para +1,9%, devido à perda de dinamismo do setor e do mercado imobiliário, bem como sua forte dependência de crédito em um ambiente de juros altos.


O desempenho do PIB da Indústria total seria ainda menor, não fosse a Indústria extrativa. A alta do PIB do setor foi revisada de +2,0% para +6,2%, em função do patamar elevado da produção de petróleo ao longo de 2025.


A revisão para um crescimento menor do PIB industrial foi compensada por uma revisão positiva para o PIB da Agropecuária e de Serviços. No caso da Agropecuária, de 7,9% para 8,3%, em função das revisões positivas para a expectativa de safra. No caso de Serviços, a projeção de crescimento do PIB foi revisada de 1,8% para 2,0% em função do mercado de trabalho aquecido e do aumento das despesas primárias federais esperadas para o 2º semestre.


Não houve mudança significativa no nosso cenário de inflação. A pressão sobre os preços observada nos primeiros quatro meses de 2025 perdeu força a partir de maio e a nossa expectativa é de continuidade do processo de desaceleração. Revisamos de 5,0% para 4,8% a previsão de inflação (IPCA) para o fim de 2025, que ficará em linha com a inflação de 2024, de 4,8%.


Apesar dessa desaceleração, diante das últimas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e dos comunicados oficiais do Banco Central, a expectativa da CNI é de que a Selic seja mantida em 15,0% ao ano (a.a.) até o final de 2025, expectativa que não foi alterada em relação ao nosso último cenário. Com isso, a taxa de juros real, que encerrou 2024 em 7,0% a.a., deve alcançar 10,3% a.a. no final de 2025, adquirindo um caráter ainda mais contracionista em relação ao ano anterior.


Nesse cenário, a taxa de juros média cobrada das empresas e dos consumidores tem se elevado, se traduzindo em um menor ritmo de crescimento das concessões de crédito . Assim, a CNI projeta que o crescimento real das concessões totais de crédito será de 5,5% em 2025, quase metade do crescimento registrado em 2024, de 10,7%.


Além disso, como previsto anteriormente, o estímulo fiscal gerado pelos gastos federais à economia deve ficar abaixo do observado em 2024: as despesas do Governo Federal devem encerrar 2025 com crescimento real de 3,5%, ante crescimento real de 3,7% em 2024 .


Por outro lado, o mercado de trabalho brasileiro permaneceu aquecido entre janeiro e agosto de 2025, com crescimento tanto do número de pessoas ocupadas quanto da massa de rendimento real. Existem sinais de perda de ritmo de crescimento quando comparado ao ritmo do ano anterior e, com isso, a expectativa para o segundo semestre é de estabilidade; ainda assim, dado o resultado do primeiro semestre, a expectativa é de alta de 5,4% da massa de rendimento real do trabalho, um considerável estímulo ao consumo.


Quanto ao setor externo, uma combinação de preços mais baixos e maior demanda brasileira por importados deve fazer com que o valor das importações bata recorde em 2025. Segundo a CNI, o Brasil deve comprar US$ 287,1 bilhões de outros países, alta de 4,8% em relação ao ano passado.


Quanto às exportações, a nova política comercial americana tem prejudicado as exportações da indústria de transformação para os Estados Unidos. Em agosto e setembro, as exportações desse segmento para os EUA caíram 21,4% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Contudo, os desempenhos positivos desse setor nos primeiros meses do ano, além dos resultados da indústria extrativa e da agropecuária serão suficientes para que as exportações brasileiras cresçam 2,3% em relação ao ano passado, totalizando US$ 347,5 bilhões, projeta a CNI.


Com isso, a balança comercial deve registrar superavit de US$ 60,5 bilhões, 8,2% inferior ao observado em 2024.

 
 
 

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