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Mentorias individuais ajudam participantes do Exporta DF a adequar produtos

Atualizado: 15 de ago.

18 indústrias que participam do primeiro ciclo do Exporta DF passaram por mais uma fase do programa, criado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) para facilitar a entrada de empresas brasilienses de pequeno porte no mercado internacional


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18 indústrias que participam do primeiro ciclo do Exporta DF passaram por mais uma fase do programa, criado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) para facilitar a entrada de empresas brasilienses de pequeno porte no mercado internacional. No dia 22 a 26 de julho, os empresários tiveram mentorias individualizadas e receberam visitas de uma dupla de consultoras do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil, Vestuário e Design, de Santa Catarina, para análise dos respectivos processos produtivos.


Essa fase de consultorias e mentoria integra a segunda etapa da trilha do Exporta DF, focada na adequação de produto para exportação. Em junho, houve encontros coletivos online com as consultoras para coleta de informações e escolha do produto-piloto. Agora, as empresas farão os ajustes recomendados na respectiva mentoria para que seus produtos tenham maiores chances de sucesso no mercado internacional. O diagnóstico final será no fim de agosto, encerrando a segunda etapa.


“A gente pensa no processo para melhorar como um todo, não somente em leis, normas, mas em toda a cadeia produtiva, aperfeiçoando acabamento, processo produtivo, auxiliando todo o trajeto do produto”, explica a consultora do IST de Santa Catarina Dinara Teixeira.


“Primeiro, mapeamos as dores, as dificuldades deles. Fizemos entrevistas, o desenvolvimento de uma coleção e, na visita, o objetivo foi ver a aplicabilidade do conhecimento: como que isso está agregando, o que a gente pode melhorar na qualidade do produto, no desenvolvimento, as especificações técnicas, fichas. Visitando a empresa, vendo isso na prática, a gente consegue ajudar mais”, ressalta a também consultora do IST catarinense Valéria Sousa.


Uma das empresas que receberam a visita foi a Bambuch, focada na produção de peças fitness femininas. “Executamos várias mudanças desde que começou o projeto. Fizemos os cadastros necessários, modificações na parte produtiva, logística, de marketing”, conta a proprietária Edna Pereira Gonçalves, que faz a gestão do empreendimento com o marido, Marcos Paulo de Oliveira.


Para Edna, um dos maiores aprendizados foi que há tecidos que não podem entrar em determinados países. “Então estamos trabalhando na adequação de tecido. Antes não sabíamos que havia essa barreira.” O casal tem como alvo para exportação países da América do Sul, mas também cogita a Índia e Israel.


Sob o comando de Luiz Antônio Gomes, a Lago Couture, etiqueta por trás de bolsas feitas de couro, principalmente do peixe pirarucu,também passou pela mentoria presencial. 

O empresário se concentra agora na ficha técnica, documento de referência com especificações sobre os parâmetros ideais de qualidade para certo produto, com foco na padronização. “É algo que eu já sabia que existia, tinha estudado, sei como fazer, mas a gente não dá a real importância. Quando a gente vê que isso aplicado no dia a dia da empresa contribui para facilitar os processos, compreende que realmente tem que adotar”, destaca.


O objetivo é levar os produtos da Lago Couture para a Espanha e a Inglaterra. “O produto já está bem evoluído. Claro, ainda vai precisar de adaptações, como uma tag no respectivo idioma, a etiqueta de composição também. Tudo isso eu vou precisar adaptar, mas são coisas pequenas. O produto em si, eu acho que já está bem definido”, diz.


O programa


O primeiro ciclo do Exporta DF atende 18 empresas do setor de moda e vestuário e tem o apoio do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal (Sindiveste-DF).


As atividades começaram em 25 de abril, pela etapa de orientação, concluída no fim de maio. Houve seis workshops, em que foram abordados temas como planejamento estratégico, formação de preço, definição de mercado-alvo e jornada do cliente, além da elaboração do plano de exportação de cada empresa em parceria com alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília (UCB).


A segunda etapa, de adequação de produto para exportação, teve início no fim de maio e se encerrará em agosto. A terceira etapa da trilha para preparar as empresas para o mercado internacional focará a prospecção de negócios. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) vai promover uma jornada exportadora, prevista para novembro, no Chile. A ação levará os empresários para imersão no país com objetivo comercial. Ao fim, haverá uma rodada de negócios.


Além da ApexBrasil e da UCB, são parceiros da Fibra no Exporta DF o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF), o Banco de Brasília (BRB), a Secretaria de Relações Internacionais do Distrito Federal, os Correios e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Responsável pela coordenação do programa, o Centro Internacional de Negócios do DF (CIN-DF) é a área da Fibra que dá suporte às empresas nos processos de internacionalização.

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