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Sou de Algodão divulga balanço do Programa SouABR 2022/2023

Atualizado: 15 de ago.

Em relatório divulgado pelo movimento, dados demonstram que mais de 127 mil peças, 38.800 metros de tecidos e 92.400 quilos de malhas foram produzidas a partir do programa de rastreabilidade por blockchain


Fonte:



O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acaba de divulgar o balanço do Programa SouABR dos períodos 2022/2023. No total, foram quase 21,5 mil fardos rastreados produzidos pelas fazendas, sendo 12.606 fardos em 2022, e 8.884 fardos em 2023. As varejistas, elo final da cadeia, colocaram na prateleira mais de 59 mil peças rastreadas em 2022, e mais de 68 mil em 2023. A Reserva, primeira a disponibilizar no mercado, já conta com 105.284 peças rastreadas, desde outubro de 2021, data do lançamento do programa. A Renner tem 6.736 peças, desde maio de 2022, e a C&A, 7.830 peças desde maio de 2023.


O SouABR é o 1° programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil, lançado oficialmente em 7 de outubro de 2021, no Dia Mundial do Algodão. Ele nasceu sob as demandas crescentes por mais transparência nos processos de compra, venda e consumo, e sua proposta é oferecer ao público uma espécie de “raio-x” da peça que ele está adquirindo, comunicando os passos que o algodão daquela peça percorreu até chegar às suas mãos. Isso só é possível graças à tecnologia Blockchain, que funciona como um banco seguro de informações organizadas em blocos e que impede alterações, identificando e informando sobre os elos da produção: fazenda, fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo.


Os números SouABR em 2022/2023


Como demonstra o relatório divulgado, fizeram parte do Programa SouABR, em 2023, 54 produtores e 60 fazendas, com um total de 8.884 fardos rastreados, face a 25 produtores, 32 fazendas e 12.606 fardos rastreados em 2022.


Em relação às fiações, foram produzidos 1.192.605,08 kg de fios em 2022, e 1.016.083,73 kg no ano seguinte. As empresas rastreadas Cataguases, Fiação Fio Puro, Incofios, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha produziram um total de 2.208.688,81 kg de fios durante o período.


As empresas de tecelagens Cataguases, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha produziram um total de 38.876,56 m de tecidos e a malharia Dalila Têxtil fabricou 92.444,55 kg de malhas nos anos analisados. Foram 24.207,11 m de tecido e 51.130,78 kg de malhas em 2022, e 14.669,45 m de tecidos e 41.313,77 kg de malhas em 2023


Produção e confecção de peças rastreáveis


No que se refere às confecções, as empresas rastreadas By Cotton, Cataguases, Ease, Emphasis, Jace Confecções e Ufo Way produziram 107.217 peças em 2022, e 52.493 peças em 2023, resultando em 159.710 peças produzidas.


Já com as varejistas Reserva, Renner, YouCom, Almagrino, C&A e Dendezeiro, 127.425 peças rastreadas foram produzidas no período, divididas em coleções diversas. Para Fernando Sigal, diretor de produto da Reserva, o processo produtivo sustentável começa já na escolha da matéria-prima. “A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo”, afirmou.


O Programa SouABR e a certificação socioambiental


O SouABR nasceu graças ao comportamento do consumidor e, por isso, continua a estimular escolhas mais conscientes, demonstrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem certificação socioambiental pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável). São 183 itens de verificação distribuídos em oito critérios: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil e proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, conforme obrigatoriedade; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural; desempenho ambiental; e boas práticas agrícolas.


Para Alexandre Schenkel , presidente da Abrapa, o programa SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha um comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando o comprometimento que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, declarou.


Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.


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