Rafaela Mendes confecciona as peças com retalhos e sobras de tecido, tornando o negócio sustentável. Durante o mês de carnaval, ela prevê um faturamento de R$ 50 mil.
Rafaela Mendes começou a empreender “na raça”. Com R$ 400, comprou uma máquina de costura usada, aprendeu a costurar vendo vídeos na internet, fez algumas peças para ela e outras para os amigos, momento em que viu uma oportunidade de lucrar.
“Meus amigos começaram a indicar para outras pessoas”, lembra.
A jovem confecciona vestidos, camisas e blusas. O diferencial está nas estampas, que são coloridas e com figuras da cultura popular de Pernambuco.
“A gente tem aqui a camisa do cuscuz. A gente transformou o cuscuz em um símbolo da cultura pernambucana. Tem o cuscuz dançando frevo, tem o cuscuz jangadeiro, tem o cuscuz na janela de Olinda”, explicou.
Além disso, a marca tem uma pegada que encanta o consumidor: a moda sustentável.
Uma peça feita com retalhos demora três vezes mais do que uma tradicional e, além disso, é 30% mais cara. Porém, isso não interfere na venda, pelo contrário.
“Porque as pessoas querem ser únicas e as peças de retalho são peças únicas. Mesmo que a gente faça na mesma composição de cor, nenhuma peça fica igual, porque cada retalho tem sua história.”
Outra estratégia é aumentar ainda mais a visibilidade da marca. Rafaela consegue estar em pontos importantes, como uma loja compartilhada dentro de um shopping.
Dividido por 35 inquilinos, o custo da operação cai e a margem de lucro aumenta. A marca de roupa sustentável também está em outras três lojas colaborativas de Olinda e Recife.
Por conta do carnaval, durante o mês de fevereiro, Rafaela prevê vender 600 peças e faturar R$ 50 mil.
Fonte: G1 GLOBO
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