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Como a falta de costureiros profissionais afeta crescimento do setor de vestuário; entenda os desafios

Em 2022, setor da costura produziu mais de 5 bilhões de peças e gerou mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos.


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O setor da costura é um dos que mais produzem empregos no Brasil. Em 2022, ele produziu mais de 5 bilhões de peças no Brasil, e em número de trabalhadores, só perde para o da indústria de alimentos: são mais de 1,3 milhão de empregos diretos, e 8 milhões de indiretos. No entanto, a produção poderia ser ainda maior se não faltassem profissionais.


Em Goiânia, uma empresa produz de 25 a 30 mil peças por mês, enviadas para todo o Brasil. A gerente de produção Lucilvânia Cruz revelou que até precisa sair do posto e voltar a costurar para ajudar na fábrica. E segundo o empresário Márcio Rosa, há campo para um grande aumento dessa produção.


“A gente tem condições hoje de aumentar a nossa produção em torno de 40% a 50%. Mas para isso a gente precisa da mão de obra”, explica.


O setor de vestuário está realmente aquecido e deverá abrir mais de 100 mil vagas até 2025, conforme a projeção da Confederação Nacional da Indústria. Os empregos que estão em alta na área são os de operador(a) de máquinas, modelista e pilotista, assistente de criação e gerente de planejamento.


O investimento na costura é cada vez maior no estado. Empresas oferecem cursos para formação de novos costureiros. Além disso, a tecnologia tem facilitado a produção: as peças produzidas nas pequenas cidades são enviadas para as grandes empresas, que seguem com o trabalho e movimentam o setor.

Isso tudo deveria tornar atrativo o mercado de vestuário e costura. Em Goiás, no entanto, a falta de profissionais tem um motivo: a falta de valorização das costureiras. Elas pedem melhores salários, e não têm aceitado as ofertas da maior parte das empresas, consideradas muito baixas.


“Se aumentar o salário, e ter pelo menos algum benefício, acho que vai ficar bem mais atrativo”, diz Jasminy Silva, presidente do Sindicato das Costureiras de Goiás.


'Perguntei se poderia aprender a costurar'


O incentivo para a formação de costureiras é tão grande no interior de Goiás que, no município de Bela Vista, um homem largou o emprego que teve por anos e foi costurar com a própria esposa. Tudo começou com a mulher, Anatalina Oliveira, que foi costureira e retomou a profissão pelo gosto.


“Eu já costurava em Goiânia, e depois de uns três anos que eu morava aqui em Bela Vista de Goiás, me deu saudade da costura de novo e eu vim aqui costurar”, conta Anatalina.

Ela inspirou o marido, Josebias Oliveira. Ele era mecânico industrial e deixou o emprego para começar a costurar.


“É porque eu vinha trazer ela [Anatalina] todos os dias, e aí eu perguntei se poderia aprender a costurar. E hoje eu a ajudo. É nós dois na costura”, destaca.

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